Na passada segunda-feira, dia 11 de Abril, foi noticiado que a OCDE apresentára o relatório sobre Ambiente em Portugal, ao longo da última década, e atribuiu nota positiva ao nosso país, destacando a qualidade das águas, a aposta em energias renováveis e a redução de gases poluentes. No entanto, a organização faz vinte e oito pequenas recomendações, de onde se destacam o incentivo a uma política que puna mais quem polui e a necessidade de aumentar, ainda mais, a eficiência energética. Outra ideia que surge nesta lista é a criação de novas taxas para desencorajar a pressão urbanística junto à costa.
Como se sabe, Portugal tem sido energicamente muito dependente do exterior: durante a década de 90, o país importou mais de 80% da energia que consumiu. Assim, do meu ponto de vista, esta notícia assume especial importância no que diz respeito a energias renováveis porque estas representam a totalidade da produção doméstica de energia, uma vez que não se regista actualmente em Portugal a exploração de qualquer produto energético de origem fóssil.
O principal responsável pelo relatório é Simon Upton, que aponta como falhas principais a deficiente produção de lixo, que aumentou, apesar da eliminação das lixeiras. O que pode parecer um contrassenso não é mais do que uma realidade inegável: o país soube ‘arrumar’ o lixo, mas ainda tem um longo caminho a percorrer no âmbito da produção de detritos. Esta realidade levou Portugal a pagar uma factura elevada no que diz respeito à biodiversidade.
Outra falha encontra-se no facto de não ter sido cumprida a meta dos 90 por cento de população servida por abastecimento público de água. E há ainda lacunas na orla costeira, cujo planeamento fica muito aquém do que se exige a um país com uma costa imensa. “A pressão urbanística provoca danos naquele que é um dos maiores bens do país”, salienta Simon Upton.
Apesar de não estar mencionado no relatório eu acrescentaria ainda a necessidade urgente da população portuguesa (assim como a mundial) criar uma consciência ecológica que permitisse a reciclagem a 100% do lixo produzido e apostar em campanhas de sensibilização para que os donos dos cães comecem a apanhar os dejectos dos seus animais quando os passeiam pela rua. Há diversos sítios do país onde esta realidade é muito dura e onde a saúde pública começa a estar em causa.
Ainda assim, não quero deixar de realçar a nota positiva atribuída pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que avaliou o impacto ambiental em Portugal, com base em análises que comparam dados de 1993 e 2001, e aplaudindo algumas medidas, o que traz uma nova esperança à vida de todos os que acreditam que podemos melhorar a qualidade do Ambiente no nosso país. É bom verificar que a OCDE reconhece o esforço português em matéria ambiental.
Daniela Vitorino, Sub-turma 1, nº 17252
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