terça-feira, 26 de abril de 2011

Florestas para Todos

Depois de 2010 ter sido o Ano Internacional da Biodiversidade, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou 2011 - com o tema “Celebrating Forests for People” ou “Florestas para Todos”- como o Ano Internacional das Florestas.
Visando a promoção da conservação das florestas em todo o mundo, esta iniciativa visa alertar/sensibilizar a população para o papel decisivo que as florestas desempenham no desenvolvimento global sustentável.
No dia 2 de Fevereiro, dia em que a UNESCO apresentou oficialmente o Ano Internacional das Florestas, foi também criado o site oficial das comemorações http://www.florestas2011.org.pt/, onde existe informação sobre a agenda, com actividades previstas e documentos diversos sobre a importância da floresta.
As Florestas desempenham, como é sabido, um papel essencial no que respeita ao equilíbrio dos ecossistemas e à vida humana: promovem a manutenção da biodiversidade, libertam oxigénio, armazenam o dióxido de carbono (principal gás com efeito de estufa), moderam as temperaturas, facilitam a infiltração da água no solo (e consequente reabastecimento dos lençóis subterrâneos ou aquíferos), fixam o solo e impedem a erosão.
Actualmente, o problema das alterações climáticas confere à Floresta uma importância determinante no desenvolvimento global sustentável. Até porque, as Florestas cobrem cerca de 31% do total da área terrestre, somando quatro mil milhões de hectares, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Actualmente, 1,6 bilhões de pessoas depende de florestas para sua subsistência sendo a casa de mais de 60 milhões de pessoas, na sua maioria membros de comunidades indígenas.
Apesar da redução, em 60%, nos últimos cinco anos, da desflorestação da Amazónia, a maior floresta tropical do planeta e de em Portugal, por sua vez, a floresta ter crescido quase 75% no último século – algo difícil de explicar tendo em conta as diversas ameaças à floresta portuguesa (exemplos: incêndios, doenças, pragas, expansão de invasoras lenhosas, as más práticas de gestão, o abandono do Mundo Rural e as alterações climáticas) -, é evidente a diminuição acentuada da área ocupada pelas florestas naturais em todo o Mundo. Segundo a Greenpeace, 80% das florestas primárias (ou virgens) do planeta foram já degradadas ou destruídas.
Em Portugal, quase 40% da área do nosso território é ocupada por florestas. Estas representam actualmente, ao nível económico e social, quase 12% das exportações portuguesas, entre as fileiras do eucalipto, do pinho e da cortiça.
Apesar da sua mais-valia em termos económicos, a desflorestação tem sido constante ao longo dos tempos, devido à reconversão de terrenos para a agricultura, a pastorícia, as monoculturas de eucalipto, à construção de estradas, fábricas, projectos imobiliários e barragens.


Maior núcleo de azevinhos protegidos em risco:


Apesar do alerta feito pela Quercus têm sido abatidos, nas últimas semanas, um enorme número de Azevinhos no Perímetro Florestal do Buçaco.
No seu site oficial
http://www.quercus.pt/scid/webquercus/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=567&articleID=3491 fala-se em Gestão Danosa para qualificar este acto e exige-se que se apurem responsabilidades.
 Está na hora de solucionar este problema sendo para isso fundamental que se melhore o ordenamento florestal, com a promoção de uma floresta multifuncional, com espécies mais adaptadas ao clima e aos solos, como por exemplo os sobreiros, as azinheiras, os carvalhos. Mas também, haver um maior controlo nas áreas florestais para que a resposta a pragas no futuro seja mais célere e não seja necessário abater com fins fitossanitários espécies de árvores protegidas.

Diogo Capela Nº17264 Subturma: 5

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