quarta-feira, 27 de abril de 2011

Estudo de Impacte Ambiental da pedreira de Arcena não vai ser subscrito pela câmara municipal

A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira não vai subscrever as conclusões do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da futura pedreira de Arcena, situada em Alverca do Ribatejo, por entender que o documento é omisso em assuntos importantes. A população está unida na defesa dos seus direitos e Maria da Luz Rosinha prometeu na última assembleia municipal, realizada na tarde de 26 de Abril na Póvoa de Santa Iria, “continuar a trabalhar” para encontrar as melhores soluções.

A autarca aceitou uma recomendação dos deputados da CDU para não subscrever as conclusões do estudo. “Já reuni com o secretário de estado do ambiente dando conta das preocupações da população em relação a este problema. Estamos a trabalhar no sentido de salvaguardar o interesse das populações e encontrar novas soluções”, informou a autarca. A pedreira de Arcena, recorde-se, vai ser explorada pela Cimpor e dará lugar, no final, ao alargamento do aterro sanitário do Mato da Cruz, propriedade da Valorsul.

Carlos Braga, da CDU, apresentou a recomendação por entender que o estudo “não responde a matérias demasiado importantes” e que “relativiza os impactos dos rebentamentos da pedreira sobre as habitações mais próximas de Arcena”, que distam pouco mais de 80 metros do local de exploração. Os comunistas lamentam ainda que “nada se refira sobre a existência de alternativas” à pedreira.
Mais à esquerda Carla Constâncio (Bloco de Esquerda) afirmou que no relatório de sustentabilidade de 2009 da Valorsul a empresa “coloca como potenciais perigos físicos existentes nas suas unidades a exposição a vibrações” e exigiu saber da câmara municipal a que tipo de estudos prévios a mesma teve acesso. Na assembleia municipal, realizada no salão dos bombeiros voluntários da Póvoa de Santa Iria estiveram presentes vários moradores de Arcena para protestar contra o projecto. Os deputados manifestaram preocupações com o facto do actual aterro já ter perto de 6 milhões de toneladas de lixo enterrado, dos quais um milhão foram “colocados intensivamente entre 1996 e 1998”, afirmaram.

Fonte:
http://www.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=54&id=44882&idSeccao=479&Action=noticia

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