quarta-feira, 23 de março de 2011

A Saúde, o Ambiente e a Agricultura Biológica

A saúde humana é fortemente afectada pela poluição, pelo que há mundialmente um crescente interesse pela relação entre a saúde e o ambiente.
Um estudo efectuado pela AEA, Agência Europeia do Ambiente, sobre o estado do ambiente na Europa, revela que entre 1/4 e 1/3 da morbilidade é atribuída a factores ambientais..assim, a asma, alergias e outras doenças respiratórias associadas à poluição do ar são uma das causa de muitos internamentos hospitalares por toda a Europa.
É estimado que cerca de 3 milhões de pessoas morrem devido a poluição do ar, pelo que é urgente preservar o ambiente e tomar medidas de combate à poluição; infelizmente a incidência de cancro é de 138 casos por cada milhão de crianças por cada ano, associado a exposição a radiação UV, produtos químicos, industriais e agrícolas.
Apesar da melhoria que se tem verificado na qualidade do ar e da água,as doenças relacionadas com o ambiente representam ainda um grande e grave perigo para a saúde humana, tomando como exemplo doenças que se transmitem pela água, como a malária, cólera, etc..
Contudo, esta é já uma área bastante conhecida, existindo outras que o não serão, tais como as alterações climáticas e exposição a produtos químicos que constituem também um grupo de interacções com a saúde .
No que respeita a qualidade do ar, a exposição prolongada das pessoas às partículas de ar nas grandes cidades Europeias e as grandes quantidades de concentração de ozono troposférico são ainda responsáveis por muitas mortes prematuras.A presença de chumbo nas águas devido as tubagens e a presença de nitratos que têm origem nos pesticidas são também eles uma ameaça à saúde humana.
Apesar de tudo, com todos estes problemas poderão existir soluções que reduzam parte destes aspectos?
Poderá, por exemplo, a agricultura biológica pôr fim ao uso de agroquimicos , adubos, pesticidas?Poderá alimentar o Mundo?
A extensão da agricultura Biológica pode fazer destes produtos uma coisa do passado.
O Banco Mundial, que impulsionou também a chamada "Revolução Verde", reconhece que o problema é de partilha , pois muitos não têm acesso as sementes, terras e como tal a fome, um grave problema mundial, passa ainda pelo facto de existirem pessoas que não têm onde produzir os seus alimentos, mas também não têm dinheiro para os comprar. Embora a produção seja superior às necessidades, o problema de muitos países é a super produção, pois como constatamos todos os anos são enterradas milhões de toneladas de hortaliças, frutas, cereais, uma vez que também é dispendioso armazená-los ou transportá-los.
Loucos ou sonhadores, como eram tidos nos anos 60 e 70 os agricultores biológicos, hoje tornam realidade muitos dos seus sonhos, considerando-se como um trunfo das pessoas comuns, provando ainda que não só os industriais e governos podem mudar coisas importantes.
Assim, sem campanhas publicitárias ou subvenções, mesmo contra a opinião de alguns especialistas e apesar dos abusos do negócio agro-alimentar a Agricultura Biológica foi reconhecida em vários níveis, desde o energético ao sanitário.

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