sábado, 19 de março de 2011

Portugal pouparia 300 milhões na Saúde reduzindo poluição - Resíduos de antibióticos presentes em rios e águas residuais

Deixo aqui duas notícias que considero terem algum interesse para a nossa Disciplina:

Portugal pouparia 300 milhões na Saúde reduzindo poluição

"Portugal pouparia 300 milhões de euros por ano em saúde caso aumentasse a meta de redução de emissões de gases com efeitos de estufa para 30%, em vez dos actuais 20, revela um estudo hoje divulgado.
«Se incluirmos os benefícios para a saúde de uma melhor qualidade do ar nos custos para atingir as metas europeias até 2020, um objectivo de redução de 30% torna-se ainda mais atraente em termos de benefícios para a Europa. Para Portugal a poupança nos custos de saúde atingiria os 300 milhões de euros por ano», refere a associação ambientalista Quercus em comunicado, em que cita o estudo da Rede Europeia de Ação Climática.

O estudo refere que «em 2008 a Comissão Europeia esperava um preço de licenças de emissão do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) de cerca de 30 euros por tonelada de CO2 até 2020, num cenário de redução de 20%», mas «em 2010, devido às novas circunstâncias económicas, o preço esperado de carbono foi praticamente reduzido para metade».

«Os Governos europeus estão agora em risco de perder quase 70 mil milhões de euros em receitas (no período 2013-2020) a partir do leilão das licenças de emissão devido a este colapso do preço do carbono. Para Portugal, está em jogo uma perda de receita de 1,3 mil milhões de euros no período entre 2013 e 2020», acrescenta.

Na nota, a Quercus pede que o Governo «apoie a decisão da União Europeia para a meta de 30%».

«A Quercus considera indispensável que o Governo Português clarifique a sua posição, anunciando se concorda com o estabelecimento desta nova meta e se irá, à semelhança de países como a Espanha, França ou Reino Unido, defender ativamente este passo decisivo da União Europeia em prol do ambiente, da economia, dos benefícios sociais alcançáveis e ainda da redução das consequências negativas decorrentes das alterações climáticas», refere."

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=12051



Resíduos de antibióticos presentes em rios e águas residuais

"Os resíduos dos antibióticos eliminados pelo organismo humano encontram-se nas águas tanto dos rios como nas águas residuais municipais e é necessário estudar o seu efeito no ambiente e na saúde do homem, defendeu hoje uma investigadora.
Em declarações à agência Lusa, a coordenadora do estudo sobre a presença de resíduos de quatro antibióticos do grupo das fluoroquinolonas em amostras de águas do Centro do país referiu que em Portugal faltam estudos acerca deste tema, conhecimento indispensável para avançar com legislação.

«Há uma grande lacuna, há poucos estudos não só da ocorrência, de verificar os efeitos que têm no ambiente e sem dados dificulta a realização de uma avaliação adequada do risco para o ambiente e para a saúde humana para promover medidas de minimização», apontou Angelina Pena.

A União Europeia tem legislação que exige que se efectue uma avaliação dos riscos potenciais para o ambiente dos medicamentos, referiu.

O trabalho de investigação coordenado por Angelina Pena, do Centro de Estudos Farmacêuticos da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, foi um dos dois distinguidos com o prémio VALORMED 2010, atribuído pela Valormed e pela Universidade Nova de Lisboa.

O prémio pretende promover o desenvolvimento sustentável e a educação em saúde ambiental.

O estudo apresenta um trabalho de investigação relativo à monitorização de resíduos de quatro antibióticos do grupo das fluoroquinolonas em amostras de águas do Rio Mondego e de águas residuais de quatro hospitais e da ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) de Coimbra, como informa a VALORMED.

Apesar da «elevada eficiência» das ETAR, com níveis de 90 por cento, «encontramos resíduos deste grupo de antibióticos em quantidades residuais, quer em águas de superfície, quer em águas residuais, municipais e hospitalares», disse Angelina Pena.

No entanto, os dados detectados «são concordantes com o que se passa em outros países europeus», tanto no que respeita à presença deste grupo de antibióticos no ambiente e em águas residuais e águas de superfície, como também na eficiência das estações de tratamento de águas residuais, explicou a investigadora.

«Depois de saber da presença destes fármacos no ambiente, queremos saber qual o possível impacto que podem ter no ambiente e para o homem», apontou Angelina Pena, defendendo a necessidade de continuar os estudos."

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=14091


Ângela Maria Varela

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