quinta-feira, 24 de março de 2011

Estudo de Impacto ambiental para alargamento de aterro sanitário em Alverca

Aqui fica uma notícia com relevância face à matéria que temos abordado:

"Moradores de Alverca protestam contra pedreira e aterro sanitário

Os moradores de Arcena, em Alverca, manifestaram-se ontem à noite contra a exploração de uma pedreira e o alargamento do aterro sanitário de Mato da Cruz, por considerarem que a sua qualidade de vida será afectada.

Um grupo de residentes deslocou-se à reunião camarária de Vila Franca de Xira alertando que “toda a freguesia de Alverca vai sofrer impactos negativos, como poeiras, vibrações e ruídos”, disse Glória Cordeiro, uma das moradoras de Arcena.

A população condena a decisão da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira de ter aprovado o Interesse Público Municipal da expansão do aterro sanitário de Mato da Cruz, da responsabilidade da Valorsul, e do projecto da Pedreira de Margas e Calcários de Arcena, a cargo da Cimpor.

Os moradores lançaram um abaixo-assinado, a enviar à Agência Portuguesa do Ambiente, onde defendem a realização de “um estudo de impacte ambiental idóneo” e “a consulta das populações das localidades vizinhas (Mato da Cruz, Arcena e Calhandriz)” sobre os projectos em causa.

Frisando que “as primeiras casas vão ficar a 80 metros da pedreira”, Glória Cordeiro defendeu que “o ar vai estar poluído, provocando alergias e problemas respiratórios”.

José Avelar, outro dos moradores, referiu-se ao alargamento do aterro sanitário de Mato da Cruz para sublinhar que “se o concelho tem que assumir essa responsabilidade perante a Valorsul, que o faça, mas noutra localização, porque Alverca já está muito afectada”.

A presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, explicou que “não foi a autarquia que autorizou a exploração da pedreira naquela zona” e que o local estava definido “há muito” tempo.

“O que a Câmara Municipal fez foi contemplar na revisão do Plano Director Municipal (PDM) uma área de alargamento do aterro sanitário, pelo que é necessário um estudo de impacto ambiental para que a Cimpor possa antecipar a sua exploração e depois a Valorsul venha a alargar o aterro”, disse. A autarca garantiu que o município “vai estar ao lado das populações quando se tornar necessário qualquer intervenção em que esteja em risco a saúde pública”.

A presidente incentivou ainda os moradores a participarem da discussão pública do estudo de impacto ambiental referente ao projecto da pedreira, que se encontra em consulta até ao dia 11 de Maio, na Agência Portuguesa do Ambiente, na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira."
Lusa
Ana Filipa Neves

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