É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear. Quanto às causas do acidente, apesar de não haver certezas, avançou-se com duas teorias: a primeira (1986), atribuia a culpa, exclusivamente, aos operadores da usina; a segunda, em 1991, defendia que o acidente se devia a defeitos no projecto do reactor RBMK. Hoje, pensa-se que a origem do acidente será resultado da conjunção das duas. Contudo, apurou-se que a possibilidade de defeito do reator foi, em grande medida, agravado pelo erro humano ( falta de qualificação dos gerentes da instalação em RBMK; violação de procedimentos por parte dos operadores ou a ineficiência da comunicação entre os escritórios de segurança ( em Kiev) e os operadores encarregados, naquela noite, de testar o sistema de proteção num dos blocos da usina). Ao que parece, os operadores desligaram os sistemas de proteção do reator, o que era proibido.
A nuvem de radioatividade atingiu a União Soviética, a Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, libertando 400 vezes mais contaminação que a bomba lançada sobre Hiroshima.
Relativamente às consequências humanas, o número de mortos ainda não é certo, pois as explosões criaram uma nuvem de poeira radioativa que, ainda hoje, afecta milhões de pessoas, que desenvolveram doenças oncológicas, na sequência dessa grande catástrofe. Passados 25 anos, as vítimas recebem tratamentos no Hospital de Donetsk, na Ucrânia. Ainda há pouco tempo, passou uma reportagem, num canal de televisão portuguesa, sobre as famílias portuguesas que acolhem crianças de Chernobyl, para as ajudarem no seu desenvolvimento. Chernobyl ficou conhecida como a "cidade-fantasma", as pessoas foram obrigadas a abandonar os seus lares.
Infelizmente, a tragédia repetiu-se. Desta vez, no Japão ( na sequência do terramoto e maremoto, na Costa Oriental do Japão, a 11 de Março), o reator de Fukushima voltou, ontem, a deitar fumo negro.
A actividade nuclear, apesar de necessária e vantajosa, nomeadamente, diminui a dependência face aos combustíveis fósseis, é uma forma de produção de energia e cria emprego, acarreta riscos, seja por motivos de força maior ( como aconteceu no Japão), seja por causas humanas ( como tudo indica, aconteceu em Chernobyl, onde um teste de proteção do reator se transformou uma enorme catástrofe).
Brígida Viegas, subturma 5
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