Notícia
Renováveis chegam aos 52, 7 da electricidade consumida em 2010
" Portugal registou um máximo histórico de electricidade de origem renovável em 2010, atingindo 52, 7 por cento da electricidade consumida no País. Retirando o facto de ter sido um ano húmido (30 por cento acima da média), este valor reduz-se para 45,6 por cento, de acordo com a Apren - Associação de Energias Renováveis. Significa que Portugal ficou 0,6 por cento acima do objectivo estipulado há três anos pelo Governo, quando voluntariamente subiu em 6 por cento a meta imposta pela União Europeia para Portugal em 2010.
A Produção em Regime Especial (PRE - produtores independentes de electricidade a partir de fontes de energia renováveis e cogeração fóssil) contribuiu com 34 por cento, " o que é inédito a nível mundial e prova que a mudança de paradigma para a produção descentralizada de electricidade é possível e já está em marcha", aponta a Apren.
A PRE renovável contribuiu com 25 por cento da electricidade consumida no País, sendo um pouco mais de 17 por cento proveniente da energia eólica. Isto significa que " em cada hora de consumo de electricidade em Portugal, 15 minutos tiveram origem nas centrais destes produtores, e mais de 10 minutos tiveram origem na eólica".
Assim, a produção de electricidade renovável, excluindo a grande hídrica, permitiu poupar, em 2010, 520 milhões de euros na importação de combustíveis fósseis, e evitar a emissão de 7,2 milhões de toneladas de CO2 equivalente, com um valor de 110 milhões de euros. Assim, " a produção de electricidade renovável por produtores independentes, permitiu ao País poupar um total de 630 milhões de euros. Saliente-se que este valor é da mesma ordem de grandeza do custo adicional de produção da electricidade de origem renovável, face ao custo de mercado", garante a associação."
As energias renováveis são obtidas através de fontes naturais capazes de se regenerar, sendo virtualmente inesgotáveis. Estas caracterizam-se pela sua disponibilidade garantida e pelo menor impacto ambiental, constituindo uma alternativa viável e vantajosa aos combustíveis fósseis que necessitam de milhares de anos para a sua formação. As suas fontes podem ter origem no calor da terra (energia geotérmica), no sol (energia solar), no vento (energia eólica), nos rios e correntes de água doce (energia hidráulica), nos mares e oceanos (energia maremotriz), nas ondas (energia das ondas) e matéria orgânica (biomassa, biocombustível). As energias renováveis têm várias vantagens, tais como: podem ser consideradas inesgotáveis comparadas aos combustíveis fósseis, o seu impacto ambiental é menor, oferecem menos riscos do que a energia nuclear, permitem reduzir as emissões de CO2, melhoram a qualidade de vida nomeadamente a qualidade do ar, permitem a criação de novos postos de emprego e reduzem dependência energética face aos combutíveis fósseis permitindo uma redução de custos na sua importação, tal como é assinalado na notícia. Contudo, também são apresentadas algumas desvantagens, como por exemplo: custos elevados de investimento e infra-estruturas apropriadas e impactos visuais negativos no meio ambiente. A energia hidroeléctrica tem a desvantagem específica de causar erosão de solos que pode ter impacto na vegetação do local, enquanto que a energia eólica produz muito ruído que pode provocar o afastamento de espécies. No entanto, analisando as vantagens e desvantagens destas energias o seu uso é bastante favorável, quer em termos ambientais, quer em termos económicos, assim como indica a notícia apresentada.
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