terça-feira, 17 de maio de 2011

Planeta Terra - População Zero

Como seria acordar num mundo sem pessoas? É uma questão interessante e relativamente pouco explorada, que, porém, já deu origem a algumas histórias e casos. No âmbito deste tema, já foram escritos livros, como ''O mundo sem nós'' de Alan Weisman, no qual posteriormente se baseou um documentário, e até já se produziram filmes, como ''I Am Legend'', onde Will Smith interpreta o papel de último ser humano à face da Terra. Quanto a casos, à margem da ficção científica, existe um, bem real, o de Prypiat, uma cidade fantasma em Chernobyl, que foi evacuada há vinte anos e se encontra, desde então, entregue a uma lenta degradação natural. Ela é, de certo modo, um pequeno laboratório para os processos que Weisman especula no seu livro.

Se o ser humano desaparecesse, o que seria da Terra? As interrogações são muitas, mas há estudos que mostram por exemplo que, se tal acontecesse, as áreas urbanas seriam invadidas pela natureza. Muitos arranha-céus cairiam em poucas décadas, minados por fundações alagadas; prédios de pedra manter-se-iam por mais tempo. Ervas daninhas e árvores enraizar-se-iam no asfalto rachado, enquanto aves de rapina se aninhariam nas ruínas e raposas vagueariam pelas ruas.

E o que seria do meio marinho, no dia em que o reinado do homem na Terra chegasse ao fim? Pois bem, a vida nos oceanos, segundo os referidos estudos, seria de tal forma prolífera que, para as criaturas marinhas, o desaparecimento do Homem teria sido bastante benéfico. Haveria milhares de baleias, bandos de atum nadando pelas correntezas e inúmeras tartarugas cruzando os mares. Seria este o cenário dos oceanos, se as pessoas desaparecessem. Ao longo do tempo, a nossa capacidade de destruir os oceanos tem sido cada vez maior. Estes são, nos nossos dias, usados pelo Homem apenas com dois grandes propósitos: obter recursos marinhos vivos e despejar detritos. Como se pode verificar, a fauna e flora marinhas, que são hoje em dia fustigadas por nós, notariam a diferença, pois entre haver ou não haver Homem vai uma grande distância.

Estaremos realmente nós, humanos, a fazer tanto mal ao nosso mundo? Será que a natureza é de tal forma implacável que sempre leva a melhor?

A conclusão é preocupante, e não constitui grande novidade: a Terra sobreviverá sem nós, mas nós sem ela, não.

Rodrigo Sousa Mendes, nº16849, subturma 9

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